O cenário parte de um desejo do grupo de trazer a imagem e a força da cabaça; elemento essencialmente associado ao útero ancestral e primordial, à geração e criação de tudo.

Nesse sentido, trazendo a força de Oxum, Yewá, Nanã, Oba, Oyá, Yemanjá. Projetei um cacho de cabaças pendurado no centro do palco com algumas delas folhadas a ouro, prata e cobre. A maioria é natural. Na parte de trás, um único varal de fitas/bandeirolas que trazem um elemento marcante da casa do Candomblé. Um eixo que traz uma direção, sentido, percurso. Junção de tempos e espaços. E que conduz e conecta visualmente a parte posterior do palco do Centro Cultura Barroquinha, no centro de Salvador Bahia, em ruínas, com a frontalidade do palco, o presente. Como um arco que une os tempos do núcleo religioso matriz Ayrá Intile com seu legado no presente, a força dos orixás.