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O HÍPER TROPICAL*
Coisas e pessoas dentro de cidades e povoados sertanejos, 2019.

*Retirado do artigo de Rondinelly Medeiros, "Mundo Quase-Árido", 2019. 

Sertão: o nome do perigoso indeterminado, do que não se pode medir objetivamente, o temor do subtropical, o depois do tropical, o hipertropical, o real do mundo. (MEDEIROS, 2019, p.27)

O reconhecimento historiográfico da ideia de sertão é necessário por uma questão de imagem. Aqui se propõe um olhar sobre sua paisagem contemporânea – composta também pelo que se constrói em cidades, distritos e povoados – que não esteja baseado somente em valores simbólicos e poéticos. A “paisagem natural”, ligada historicamente à ideia de seu clima, foi tratada como principal baliza do que se pensou e se produziu sobre “o sertão” (ALBUQUERQUE JÚNIOR, 2011; MEDEIROS, 2019). Esta lente se consolidou enquanto uma perspectiva rígida, responsável por consagrar sentidos desse espaço dentro de um imaginário social. A “adversidade climática” como característica reveladora das complexidades regionais nos âmbitos sociais, econômicos e culturais ainda é um grande disparador de percepções sobre o que sertões nordestinos envolvem. O papel da historiografia possibilita uma reorientação do que pode ser visto e compreendido através de sertões nordestinos.